“A
tecnologia traz riscosâ€. O alerta é de Paula Wilson, CEO da Joint Commission
International (JCI), durante o Congresso Internacional CBA 2017. Ela alertou
que os maiores investimentos da agência são justamente na área de Tecnologia da
Informação e que é preciso que os novos projetos sejam testados e ensaiados
entre as equipes para garantir que todos estejam cientes das novas ameaças. “É
muito caro recuperar e sanar os problemas causados por cyber ataques. É
preciso estar alerta para evitar que ocorram. Os chefes e diretores têm
responsabilidade e precisam ter trabalhos internos para assegurar que os
funcionários saibam reconhecer as ameaçasâ€, afirmou. “Não sejam otimistas,
sejam pessimistas. Sempre pensem que algo ruim vai acontecer hojeâ€, advertiu.
A
apresentação foi mediada pelo coordenador de Acreditação do CBA, José de Lima
Valverde Filho, que fez algumas reflexões sobre a segurança em relação ao uso
da tecnologia médica e de informação. “Nós nunca estaremos completamente
seguros nestas áreas e é importante tomarmos uma série de medidas de
precauçãoâ€. Ele convidou a participarem da discussão o coordenador de
desenvolvimento e tecnologias emergentes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,
Jefferson Gomes Fernandes e duas representantes do Hospital José de Almeida, de
Portugal: Ana Rafaela Prado, que é Chief Medical Information Officer, e Rita
Kadic, diretora de Eficiência e Melhoria ContÃnua.
Fernandes defendeu o uso da telemedicina e da telessaúde, que são capazes de ampliar o atendimento e reduzir custos com segurança e qualidade, com a ressalva de que essas tecnologias ainda são pouco aproveitadas no Brasil. Rita Kadic falou sobre a experiência no Hospital José de Almeida, que é acreditado desde 2012 pela JCI. “Queremos que a tecnologia nos ajude a não causar mais riscosâ€, afirmou ela que destacou a necessidade de ajustes das equipes à tecnologia, para que os benefÃcios sejam reais. Ana Rafaela Prado declarou que seguir os padrões JCI foi um facilitador para a adoção das novas tecnologias. Ela ressaltou que a incorporação da tecnologia implica cuidados com a equipe e outros fatores. “Não há espaço para falhar. Temos que questionar todos os dias e todas as horas o que pode correr malâ€, frisou.